sábado, junho 13, 2015

A Minha Graça te Basta

       Deus levou o apóstolo Paulo a uma experiência transcendente (II Cor. 12:2-4), mas, em seguida, permitiu que ele caminhasse no vale da angústia para evitar que se imaginasse além da total dependência da Sua graça. 
            A palavra traduzida por “espinho” é impotente para transmitir as profundezas da expressão original utilizada pelo apóstolo Paulo: a palavra grega skolops – algo como empalar. No mundo antigo era uma das formas de punição de criminosos e traidores: fincavam um pedaço pontiagudo de madeira no chão, uma estaca, a ponta afiada era introduzida no indivíduo, e ali o condenado agonizava. Paulo usou essa imagem para descrever sua aflição. Algo dolorosamente pontiagudo.
            Paulo clamou ao Senhor, e a resposta veio de forma inesperada: “A minha graça te basta, o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Cor. 12:9a). Ele entendeu que o sofrimento era uma gigantesca oportunidade para o desenvolvimento do poder de Deus. O sofrimento sufoca o eu permitindo a expansão da inigualável força de Deus e, consequentemente, os músculos da fé são vigorosamente exercitados. Ao ganhar musculatura a fé ocupa espaços outrora vazios.
           O sofrimento não é um exercício apenas para os músculos da fé do sofredor, as pessoas que o circundam são compelidas a se mover intercedendo, por isso Tiago diz: “orai uns pelos outros”. E eu acrescento: “Para que a vossa fé não enferruje com orações voltadas somente para si mesmo”.

sábado, março 21, 2015

O Cristianismo É Para Todos?

O Cristianismo é para todos? Vivendo numa cultura que entroniza a tolerância sem reflexão, que relativiza a verdade para não desagradar o status quo, sou obrigado a dizer: Não, meus amigos, o Cristianismo não é para todos.

O Cristianismo não é para os orgulhosos que não admitem a própria fraqueza e dependência de Deus. Não é para os impenitentes, entregues a uma vida de luxúria, ganância e devassidão. Não é para os que não precisam de um médico. Não é para quem não precisa de perdão. Não é para os autossuficientes.

O Cristianismo é para os fracos e quebrantados. É para aqueles que estão morrendo lentamente e precisam de cura, misericórdia e graça. É para aqueles que tem sede de Deus. É para aqueles que anseiam por algo mais do que a matéria oferece.

Quem precisa de um médico que não lhe diga a verdade sobre a sua doença? O Cristianismo fala a dura verdade sobre o que somos e o que deveríamos ser. A imagem não é bonita. E o pior é que o estojo de maquiagem não é suficiente para alterá-la. Precisamos de algo mais. Precisamos de um Salvador.

No Cristianismo não há espaço para manipulações aconchegantes, mas a perturbadora verdade de que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo. 3:16)

A mensagem não anestesia a consciência, mas a purifica; esmaga a autossuficiência revelando a impossibilidade de atingir o padrão divino.


O Cristianismo é uma mensagem dirigida a todos, mas, definitivamente, não é para todos. É preciso coragem para abandonar o Eu e humildade para se entregar a graciosa oferta de Deus.