No excelente romance, A Ponte de
San Luis Rey, que foi adaptado para o cinema, o escritor Thornton Wilder narra
um terrível acidente ocorrido numa pequena aldeia no Peru: uma ponte de cordas
caiu quando cinco pessoas a atravessavam.
Um franciscano que ia atravessar a
ponte testemunhou a tragédia. Em busca de respostas o monge pesquisa a vida das
cinco vítimas. Por que aquelas pessoas? Por que não outras? Há um significado
oculto na ordem das coisas? Ele descobre que cada uma delas
estava trilhando o caminho da mudança de vida, da reconciliação. O amor os
unia.
Wilder encerra o livro colocando na
boca de uma personagem o triste lembrete de que em breve todos morrerão, e as
lembranças daquelas cinco vidas terão deixado a terra; nós mesmos seremos
amados por um tempo e depois esquecidos. Mas o amor é suficiente porque
imortal. “A ponte é o amor, o único sobrevivente, o único significado”.
Essa personagem vive em
uma abadia cuidando dos pobres e doentes. Ela não procura respostas, ela vive
além das respostas. Ela vive o amor derramado pelo Amor maior. Cidades, nações e indivíduos vêm e vão, mas o Amor permanece. A nossa vida não
termina na morte. O amor retorna a sua Fonte Eterna.
“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque
Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou
seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não
em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu
Filho para propiciação pelos nossos pecados... E vimos, e testificamos que o
Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é
o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. E nós conhecemos, e cremos no
amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus
nele” (I Jo. 4:8-10;14-16).