quarta-feira, outubro 30, 2013
segunda-feira, outubro 28, 2013
Fragmentos II
A igreja não deve se preocupar por destoar do
padrão do mundo. A igreja não é um clube cuja finalidade consiste na
adaptação de Deus aos padrões estabelecidos por seus membros. A igreja
tem apenas de pregar o evangelho e não se preocupar com o ranger de
dentes dos politicamente corretos.
*****
Deus não é um funcionário sujeito a demissão.
Ele não pode ser avaliado pelo que fez ou deixou de fazer. Ele não
precisa se justificar. Ele não está no banco dos réus. Ele não é o
personagem de uma saga, mas o Autor de um épico inesquecível.
Um dia, quando a obra estiver pronta, veremos como o grande Artista
criou uma obra magnífica trabalhando com personagens inconstantes,
mesquinhos, celerados, hipócritas, teimosos, irritantes a tal ponto que
um artista qualquer já teria desistido. Mas Ele não desistiu.
Pacientemente vem costurando os retalhos que deixamos pelo caminho;
ajeitando as notas desafinadas; corrigindo as toscas pinceladas que
imaginamos admiráveis pinturas; aprimorando as frases displicentemente
atiradas ao vento. Deus é digno de todo louvor, honra e
glória,simplesmente porque Ele é Deus.
*****
C. S. Lewis escreveu: "Para os sábios da
antiguidade, o problema principal era como conformar a alma à realidade,
e a solução encontrada foi o conhecimento, a autodisciplina e a
virtude". O "sábio" pós-moderno tenta subjugar a realidade para
satisfazer os seus desejos desordenados. Isso implica em suprimir a
Verdade absoluta e, por consequência, destruir a moral objetiva. Não há nada de novo sob o sol, dizia o pregador. Tudo não passa de uma releitura do
que aconteceu no Éden: a rebeldia do espírito humano contra o seu
Criador.
terça-feira, outubro 22, 2013
Gravidade
Título Original: Gravity
Direção: Alfonso Cuarón
Gênero: Ficção
Tempo de duração: 90 minutos
Ano de lançamento: 2013
Direção: Alfonso Cuarón
Gênero: Ficção
Tempo de duração: 90 minutos
Ano de lançamento: 2013
Sinopse: Sandra Bullock interpreta a Dra. Ryan Stone, uma brilhante engenheira
médica em sua primeira missão espacial, ao lado do veterano Matt
Kowalsky (George Clooney) no comando de seu último voo antes da
aposentadoria. Em uma operação de rotina fora da nave, o desastre
acontece. A nave é destruída, deixando Stone e Kowalsky à deriva no
espaço, ligados um ao outro apenas por um cabo. Um silêncio ensurdecedor
diz que eles perderam qualquer contato com a Terra - e qualquer chance
de resgate. O medo vira pânico, consumindo rápido o pouco oxigênio que
resta. O único meio de voltar pra casa talvez seja se jogar de vez na
aterrorizante vastidão do espaço.
Opinião: Assisti “Gravidade” (Gravity) em 3D. O
filme proporciona a sensação de estar realmente no espaço. Contemplei o planeta
Terra de um ponto de vista que eu nunca imaginei. A impressão é fascinante,
intensa e arrebatadora. Dosagem perfeita do silêncio do espaço com a tensão da
morte iminente. Um convite a reflexão existencial e ao aprofundamento
espiritual. Algumas pessoas sentem uma espécie de claustrofobia, eu me senti
extasiado. A impressionante grandeza do universo remete ao magnífico Criador; a
pequenez e vulnerabilidade do ser humano; as coisas importantes que não dizemos
ou fazemos; o quanto acariciamos mágoas e rancores enquanto a maravilha de “passar”
por aqui é atirada em um canto qualquer, tudo isso está acumulado nas estonteantes
imagens e no enredo simples.
quinta-feira, outubro 10, 2013
Leon Morin, O Padre
Título original: Léon Morin, prêtre
Direção: Jean-Pierre Melville
Gênero: Drama/Romance
Tempo de duração: 115 minutos
Ano de lançamento: 1961
Direção: Jean-Pierre Melville
Gênero: Drama/Romance
Tempo de duração: 115 minutos
Ano de lançamento: 1961
Sinopse: Uma obra do cineasta francês Jean Pierre Melville. Em Leon
Morin, ele conta a história de uma viúva (Emmanuelle Riva) que vive com
a sua pequena filha France e que é militante do partido comunista.
Quando os alemães chegam ela envia France à fazenda e decide dirigir-se à
paróquia e confrontar um padre (Jean-Paul Belmondo) com a idéia da
inexistência de Deus. Contudo, a reação do padre não era aquela que ela
imaginava.
segunda-feira, outubro 07, 2013
Se Você Crê em Tudo é Porque Não Crê em Nada
Há
poucos dias relia um livreto do pastor Martin Lloyd-Jones, quando deparei com
a sucinta descrição da religiosidade ou, vá lá, espiritualidade, do ser humano
moderno: “O tipo mais confortável de religião é sempre uma religião vaga,
nebulosa e incerta... Quanto mais vaga e indefinida a sua religião, mais
confortável ela será”.
Uma
frase de C. S. Lewis poderia facilmente complementá-la: "Se eu fosse te
recomendar uma religião para lhe fazer sentir confortável, certamente não lhe
recomendaria o Cristianismo”.
Buscando
mais o conforto, não hesitando em sacrificar a verdade, algumas pessoas
resolvem cultuar toda e qualquer divindade: entram em cena os incensos, velas
litúrgicas, ídolos orientais, gnomos, duendes e toda sorte de bugigangas. A
lista de livros sagrados vai dos Vedas a Allan Kardec, mantendo um cantinho
para Paulo Coelho, Deepak Chopra e Osho.
Entre
o som zen no i-pod e a comida vegetariana disciplina-se a mente e o corpo. Acariciando-se
nos livros de auto-ajuda, tendo “experiências” com suas cannabis, haxixe e
santo daime.
Mas,
a verdade está estampada em letras garrafais: se você crê em tudo é porque não
crê em nada.
Jesus Cristo nega o conforto quando diz: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao pai senão por mim"; "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me"; "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia"; "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo".
© Samuel Rezende
Jesus Cristo nega o conforto quando diz: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao pai senão por mim"; "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me"; "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia"; "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo".
Se
vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois
do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos
odeia.
Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
© Samuel Rezende
quinta-feira, outubro 03, 2013
A Graça Barata...
Muitas pessoas buscam o conforto psicológico
da religião entoando o mantra “Deus é amor”. Mas Deus também é “um fogo
consumidor”. A compaixão de Jesus tem sido confundida com aceitação. A
maravilhosa graça se esfarela em cortesia banal. A misericórdia se confunde com
complacência. Será que não estamos pregando um Cristo sem cruz?
Muitos sermões são ofertados como
se a igreja fosse um restaurante que deve conquistar o paladar dos seus
clientes. Não precisamos de clérigos semeando frases de autoajuda; sacerdotes motivadores
da auto satisfação; animadores de auditório ocupando o púlpito ou fiéis se auto
justificando no mantra do “Deus é amor”. Precisamos de homens e mulheres trilhando
o caminho da transformação. Não devo aprender a amar mais a mim mesmo, mas a
morrer para que Cristo viva em mim. Não quero a cumplicidade com os meus
pecados, mas a luta diária para vencê-los. Não quero o cobertor elétrico sobre
os meus erros, mas o inverno asfixiante derrubando todas as folhas com as quais
me cubro.
Não minimizo a famosa frase “Deus
é amor”. Sou totalmente dependente desse amor. Mas, eu amo Deus? Se eu continuo
acariciando os meus pecados, eu não O amo. Se eu não confronto e enfrento os
meus pecados, preferindo afagá-los debaixo do edredom da misericórdia, recostado no travesseiro
da graça sobre o aconchegante colchão do amor de Deus, não estou demonstrando que amo a Deus,
mas que utilizo o amor de Deus para justificar a minha iniquidade. A anestesia
evita a dor, mas não cura a doença. É preciso um tratamento muito mais
profundo.
O
teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, escreveu: “A graça barata é inimiga
mortal de nossa Igreja. A nossa luta trava-se hoje em torno da Graça preciosa
que é um tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende tudo que
tem (…) o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga suas
redes e segue (…) o dom pelo qual se tem que orar, a porta a qual se tem que
bater.”
A fé não é um produto de consumo
ou um intoxicante espetáculo emocional. A fé estéril não dedilha as cordas da
consciência, anuncia o perdão sem a necessidade do arrependimento e proclama um
Cristo sem a cruz. Cristo não nos chamou para a estática pronúncia do “eu creio”,
mas para a transformadora jornada que começa no “eu creio” e segue adiante
tocando outras vidas.
© Samuel Rezende
© Samuel Rezende
terça-feira, outubro 01, 2013
Grand Canyon - Ansiedade de Uma Geração
Título original: Grand Canyon
Direção: Lawrence Kasdan
Gênero: Drama
Tempo de duração: 134 minutos
Ano de lançamento: 1991
Direção: Lawrence Kasdan
Gênero: Drama
Tempo de duração: 134 minutos
Ano de lançamento: 1991
Sinopse: Um grupo de cidadãos de Los Angeles tem suas vidas interligadas
por crises e problemas pessoais e existenciais. Mack (Kevin Kline) é um
advogado casado com Claire (Mary McDonnell), mas que tem uma relação
com sua secretária Dee (Mary-Louise Parker). Um acidente o coloca em um
perigoso bairro, onde por pouco não é morto. Mack é socorrido por Simon
(Danny Glover), um motorista de caminhão que vive uma crise familiar.
Davis (Steve Martin), amigo de Mack, é um produtor de filmes violentos
que tem problemas com a brutalidade da vida real. Há ainda Jane (Alfre
Woodard), melhor amiga de Dee, que tenta enfrentar a solidão imposta
pela vida.
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