quarta-feira, setembro 28, 2011

Poder

Uma vez eu estava no alto de uma montanha olhando o mar de árvores, quando um trovão me pegou desprevenido. Encontrei uma tempestade perseguindo os meus passos. Temendo os raios, deslizei pelo caminho de volta, fugindo para algum lugar seguro. Enquanto corria, eu olhava os navios escuros que se formavam no céu, enquanto o vento chicoteava as folhas das árvores. Eu sabia que corria perigo, mas havia uma estranha beleza e alegria na paisagem que me envolvia.
            Mas como pode ser belo e alegre algo que tem o poder de destruir? Quando me vi em um lugar seguro e confortável, fiquei pensando no quanto estou acostumado com o que é controlável, amável e seguro. Ao me deparar com a força desenfreada e incontrolável, a considero uma ameaça. É uma resposta natural. Nas mãos dos homens, o poder bruto é corrompido. Desde a queda, as coisas poderosas podem ferir, matar e destruir. O nosso padrão de vida nos mantém isolados dos caprichos dos vendavais ou do toque selvagem da chuva durante a noite. O poder é algo que aprendemos a evitar. A não ser que o poder esteja em nossas mãos.
            Por isso vi na criação de Deus uma beleza arriscada. A verdade é que Deus é o poder absoluto. A sua santidade tem uma força muito maior do que a tempestade mais selvagem que já varreu a terra. A luz da sua presença queima como um relâmpago. A sua voz retumba com a força de milhões de trovões acumulados. E, no entanto, o seu poder é incompreensivelmente bom. Porque o amor está na raiz de sua natureza; o poder de Deus toma a forma da graça para aqueles que o amam.
            Estar exposto a força da natureza me leva a Deus. Eu não posso esperar que Ele responda ao mal com a passividade. Eu não posso esperar que Ele aja ou me visite nas formas que se encaixam com as expectativas que criei. Também não posso esperar que Ele irá acariciar o pecado que está em meu coração. Amá-lo significa a destruição de tudo que está errado em mim.
            As tempestades e noites escuras que, ocasionalmente, visitam a minha vida, são perigosas, mas também são boas, porque vêm de Deus. Elas têm uma finalidade. Na sua selvageria eu toco uma fatia da graça de Deus que inunda todos os cantos da minha vida. Há partes de mim que precisam ser esmagadas pelo seu poder. Ele saberá manusear os restos e formará uma obra mais bela. O toque de Deus, ainda que pareça selvagem, reflete a sua bondade. E, para mim, não pode haver maior beleza do que isto. ©

quarta-feira, setembro 21, 2011

Expulso: Não se Permite Inteligência

Título original: Expelled: No Intelligence Allowed
Apresentação: Ben Stein
Gênero: Documentário
Tempo de duração: 90 minutos
Ano de lançamento: 2008
Tamanho: 700 mb
Sinopse: O documentário é uma crítica ao posicionamento da moderna que dentro da chamada “liberdade acadêmica” suprime toda e qualquer idéia científica que não seja naturalista. Qualquer pressuposto de design deve ser eliminado ou no mínimo chamado de pseudo-ciência. Quem paga o preço por desafiar o “status quo” são os cientistas, professores e alunos que ousam desafiar essa “liberdade acadêmica” que cremos possuir.

O Nó de Víboras (François Mauriac)

quarta-feira, setembro 14, 2011

O Silêncio ao Amanhecer

Há algo no silêncio nos momentos que antecedem o amanhecer que sempre nos cativa – um profundo suspiro antes do esplendor do dia brotar como o som de uma retumbante trombeta. É um silêncio que encontra eco na fundação do universo quando a primeira música foi cantada. É uma pausa que parece direcionar-se para o mundo em preparação para os desafios que se avizinham, uma pausa entre os sonhos de ontem para as realidades do dia. Os cantos noturnos dos grilos já cessaram, o vento da madrugada sopra com insondável tranqüilidade envolvendo-nos como uma canção de ninar, como uma serenata para um coração que cochila. Há uma paz que possibilita ouvir uma canção harmônica, um convite para retornar ao útero como se voltássemos a um abraço. É o silêncio de Deus cujas palavras se tornaram a base de tudo que foi criado e construído. É o silêncio da sua profunda satisfação – e viu Deus que era bom. É o silêncio da alma que finalmente chega em casa e encontra descanso.
            Como uma névoa, misteriosa e profunda, este silêncio irá desaparecer. Logo o movimento do mundo irá romper essa fina membrana de tranqüilidade. Em breve a correria e a fadiga da vida irá se intrometer. O confronto das exigências e necessidades irá perturbar o ambiente. Dor, desconforto e stress é o emblema do mundo que nos rodeia.
            Gostaria de congelar a calma no abraço do momento sagrado, não me atrever a sair para o barulhento mundo. Mas nós não somos criados só para Schumann, mas também para a existência e à luta na dureza do sol – não devemos apenas celebrar a tranqüilidade do seu amor, mas trazer esse amor para um mundo que é cruel e cheio de dor. ©

O Presente

Título original: The Ultimate Gift
Direção: Michael O. Sajbel
Gênero: Drama/Romance
Tempo de duração: 114 minutos
Ano de lançamento: 2006
Sinopse: Jason acabou de perder o avô bilionário que sempre odiou e estava certo de que não herdaria nada. Mas se enganou: "Red" Stevens (James Garner) deixou 12 tarefas para Jason, ao fim das quais ele será avaliado e, se merecer, terá direito ao que Red chama de "o maior de todos os presentes". Cada uma dessas tarefas tem o objetivo de promover alguma mudança em Jason, mas nenhuma terá tanta força quanto o encontro casual com a pequena Emily (Abigail Breslin).

Poemas (G. M. Hopkins)

quarta-feira, setembro 07, 2011

Tess

Título Original: Tess
Gênero: Drama, Romance
Tempo de Duração: 190 minutos
Ano de Lançamento: 1979
Direção: Roman Polanski
Qualidade: DVDRip
Sinopse: Nastassja Kinski estrela este filme dirigido por Roman Polanski, aclamado pela crítica e adaptado a partir da obra de Thomas Hardy. Uma recriação visual incrível da Era Vitoriana, com belos figurinos e locações memoráveis. Na Inglaterra do século 19, a bela Tess (Nastassja), filha de um fazendeiro, é enviada para viver com seus parentes nobres, os d'Uberville. Ela é seduzida e abandonada por seu primo, Alec (Lawson). De volta à fazenda de seu pai, ela dá à luz a um bebê natimorto e enfrenta a hipocrisia da sociedade e até mesmo de seu grande amor, Angel (Firth). Vencedor de 3 Oscar.

A Gravidade e a Graça (Simone Weil)